Desde seu surgimento, 1879, os adoçantes artificiais vêm sendo colocados à prova em seu efeito no organismo dos humanos. Com a febre LowCarb e Paleo, informações desconexas passaram a se espalhar demonizando os adoçantes sem entender sua real relação com a dieta de baixo carbo.
Mas para a surpresa de muitos, o único efeito negativo relacionado a essa dieta é o estímulo de insulina provocado pelos adoçantes artificiais, se é que isso pode ser considerado negativo, pois depende do contexto.
Stevia e Xilitol são naturais e não alteram significativamente a insulina no sangue.
Não há estudos em seres humanos relacionando o consumo de adoçantes à doenças, há em roedores, e ainda, com doses muito altas, a exemplo de uma pesquisa que usou equivalentes a 700 latas de refrigerante por dia, e os animais desenvolveram câncer de bexiga.
Como retirar totalmente o sabor adocicado de uma pessoa que passou a vida inteira tomando café com açúcar e comendo pão com margarina? Oferecer omelete com batata doce no café da manhã? Não haverá adesão.
O adoçante artificial não é pior que o açúcar, pois o açúcar além de promover grande estimulo à insulina é calórico, influenciando mais o aumento de peso.
Adoçantes artificiais podem aumentar o desejo de comer doces pois elevam a insulina sem aumentar a Glicose., entretanto, ainda são a melhor opção para o tratamento de obesidade e diabetes. Por fim, segue o consenso hibero-amerciano a respeito dos adoçantes artificiais baixos em carboidratos (LNCS)
As conclusões deste Consenso foram:
1: O LNCS é um dos constituintes dietéticos mais extensivamente avaliados, e sua segurança foi revisada e confirmada por órgãos reguladores globalmente, incluindo a Organização Mundial de Saúde, a Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA e a European Food Safety.
2: A educação do consumidor, baseada nas evidências científicas mais robustas e processos regulatórios, sobre o uso de produtos contendo LNCS deve ser fortalecida de forma abrangente e objetiva;
3: O uso de LNCS em programas de redução de peso que envolvem a substituição de adoçantes calóricos por LNCS no contexto de planos de dieta estruturados pode favorecer a redução de peso sustentável. Além disso, seu uso em programas de controle do diabetes pode contribuir para um melhor controle glicêmico em pacientes, embora com resultados modestos. O LNCS também oferece benefícios para a saúde dental quando usado no lugar de açúcares livres;
4: Propõe-se que alimentos e bebidas com LNCS possam ser incluídos nas diretrizes dietéticas como opções alternativas para produtos adoçados com açúcares livres;
5: A educação continuada dos profissionais de saúde é necessária, uma vez que eles são uma fonte chave de informações sobre questões relacionadas à alimentação e saúde para a população em geral e para os pacientes. Com isso em mente, a publicação de declarações de posição e documentos de consenso na literatura acadêmica é extremamente desejável.
Abs, Lincoln Almeida
Serra-Majen et al. Nutrients. 2018 Jun 25;10(7). pii: E818. doi: 10.3390/nu10070818. Ibero⁻American Consensus on Low- and No-Calorie Sweeteners: Safety, Nutritional Aspects and Benefits in Food and Beverages.
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