De maneira simples a sensibilidade à insulina está relacionada a quão bem uma pessoa responde ao consumo de carboidratos.
A insulina é como se fosse um motorista que vai entregar uma criança após a aula. Chega prédio (célula) e chama o porteiro (Glut-4) para entregar a criança (glicose). Um organismo que faz isso de forma otimizada é sensível a insulina (SI). Um organismo resistente à insulina (RI) é como se fossem dois ou três motoristas para entregar apenas uma criança (Muita insulina X Glicose).
RI deixa mais insulina circulante causando retenção, letargia e está diretamente relacionado a obesidade e diabetes tipo II. Fatores genéticos impactam de maneira significativa, mas o grande vilão é o estilo de vida. Um indivíduo natural e sem genética propícia a ter RI com uma dieta equilibrada e praticando exercícios físicos dificilmente terá resistência à insulina.
Maior SI significa melhor uso dos carboidratos e melhor rendimento nos treinos. Para aqueles resistentes, uma boa notícia. Exercício físico e dieta hipocalórica aumentam significativamente a sensibilidade. Neste caso, mas não é regra, uma dieta com menos carboidratos é interessante, mas também, o alto consumo de fibras. Basicamente, manter carboidratos fibrosos e diminuir consumo de refinados vai te ajudar.
Não são apenas indivíduos acima do peso que apresentam esse quadro. Esportistas que buscam aumentar massa muscular e depois de um tempo de treinamento percebem maior acumulo de gordura em comparação ao de massa muscular, começam apresentar baixa eficiência na resposta aos carboidratos. Aí o mais inteligente a se fazer é mudar a dieta. Carboidrato não é o vilão.
Na verdade, é herói da performance.
Abs, Lincoln Almeida