A figura mostra as práticas mais utilizadas, o que não significa que essas quantidades não mudem. Vai depender da individualidade do atleta.
No que se refere a gordura, outras variáveis precisam ser avaliadas. Entretanto, a alteração da quantidade, normalmente não é tão brusca quanto a de carboidratos.
Normalmente quando o indivíduo começa a apresentar uma piora na sensibilidade à insulina, é interessante aumentar as gorduras por um período e manipular os carboidratos de acordo com o treinamento. Como comentado no post sobre Ciclo de Carboidratos e Tapering
Este esquema da figura é direcionado aos atletas mas permite aplicar em praticantes recreativos manipulando de acordo com o nível de treinamento e objetivos.
De forma prática, tem -se por exemplo quatro estímulos diferentes para o atletas de CrossFit.
- Melhora na função cardiorrespiratória e provas de endurance
- Aumento de força
- Preparação para competição
- Fase de Tapering
Perceba, de acordo com o esquema da imagem, cada estímulo possui uma alteração dietética diferente.
Em 2017, Fikowski, atleta que ficou em em 2° 2017 e 4° em 2018 no CrossFit Games, postou esta imagem mostrando as quantidade de carboidratos alteradas em sua dieta.
Para bater essa quantidade, muito carboidrato refinado e líquido é preciso. Ou você acha que ele comeu 3kg de arroz por dia, ou 4.6kg de batata doce?
Ele é atleta e mesmo assim “comunidade” reagiu em massa:
Como assim Brent come tanto carboidrato? Brent não é Paleo? E a Zone diet?
Pois bem, os planos milagrosos não funcionam. O que funciona é você sentar, estudar e compreender seu corpo. A dieta é montada por meio de testes, seja feita por um profissional ou pelo próprio atleta.
A diferença é que o profissional bom vai compreender antes o que está acontecendo e o que mudar de forma mais rápida e acertada. Veja bem, o bom profissional.
O esquema apresenta tendências e não doutrinas.
Se você pretende aprender, é muito importante que estude o metabolismo e fisiologia, pois quando entende as variáveis da sua dieta e treinamento, consegue criar hipóteses do que está errado e as corrigir.
As mudanças normalmente são feitas de maneira sútil, por exemplo, aumentando carboidratos de 3g/kg para 3.5g/kg, esperar alguns dias para notar a resposta do atleta. A resposta do atleta incentiva a hipótese:
Hipótese 1: Melhorou o rendimento – aumenta-se pouco mais os carboidratos, podendo diminuir ou não as proteínas.
Hipótese 2: Não houve diferença – aumenta-se os carboidratos, podendo diminuir ou não as proteínas.
Hipótese 3: Houve uma piora na performance – analisar as fontes de carboidratos utilizadas. Testar carboidratos com baixa carga glicêmica e mais fibrosos para evitar oscilação da insulina. Caso persista, considerar estratégias com menos carboidratos e mais gorduras.
Esses são exemplos.
Se você pretende competir ou melhorar consideravelmente sua performance, aconselho a procurar um bom profissional. Pois compreender as variáveis e saber como remediá-las/evitá-las, demanda muito tempo de estudo.
A dieta muda de acordo com o estímulo que você promove e, também, tentando driblar as adaptações.
Esquema traduzido do Lyle McDonald.
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Abs, Lincoln Almeida